O PODER DO DESIGN: na fase de transição para o Circular

 



Por que o design é fundamental para uma economia circular?

Força transformadora

O design é uma força transformadora, capaz de reconfigurar economias inteiras, reestruturando produtos, sistemas e até as mesmas cidades para promover um futuro mais sustentável. Cada escolha de design traz implicações profundas: o desperdício, a poluição e a eliminação ambiental são consequências diretas de decisões projetuais mal orientadas. Por outro lado, ao adotar os princípios da economia circular, o design tem o poder de transformar esses desafios em oportunidades, criando valor regenerativo e duradouro para pessoas, negócios e o meio ambiente.

O Poder do Design é desprezado no Brasil

Desde o que comemos e vestimos até os edifícios em que vivemos e os sistemas que nos conectamos, o design molda nosso mundo. Contudo, quando esse poder é negligenciado ou mal utilizado, os impactos são devastadores. Produzimos roupas que usamos um pouco, desperdiçamos um terço dos alimentos que cultivamos, e permitimos que materiais valiosos terminem em aterros ou contaminem a natureza.

Nas cidades então, é revoltante vermos projetos que perpetuam não somente a desigualdade uma vez que expõe tanto as comunidades bem como toda população urbana em todas camadas sociais, à enchentes, à poluição tóxica e infraestrutura incapaz de sustentar uma vida saudável. É inadmissível que, em plena era da informação, o design de cidades e produtos continue a reproduzir sistemas falhos que colocam em risco a saúde humana e a resiliência ambiental.

Somente uma ruptura com o passado será capáz de alterar este quadro

No entanto, a mudança é possível. A circular de projeto propõe uma ruptura com o modelo linear tradicional de “extrair, produzir e descartar”. Ele prioriza a regeneração da natureza, a eliminação de resíduos e poluição desde o início, e a criação de sistemas que promovam a reutilização, o reaproveitamento e o impacto positivo.

Essa transformação exige uma visão sistêmica e colaborativa, onde designers atuam como agentes de inovação. Eles têm a responsabilidade de pensar "a montante", enfrentando as causas dos problemas antes que eles se materializem. Para isso, estratégias adaptativas podem ser aplicadas por meio de seis pontos de alavancagem de design:

  1. Redefinir a função dos produtos e serviços – Priorizar soluções que atendam às necessidades humanas com menos recursos.

  2. Materiais regenerativos – Escolher materiais que alimentem ciclos biológicos ou técnicos de forma sustentável.

  3. Sistemas fechados – Desenvolver soluções que integram reutilização e reciclagem como parte intrínseca do ciclo de vida.

  4. Modelos de negócios circulares – Projetar para aluguel, compartilhamento ou manutenção, em vez de venda única.

  5. Engajamento das partes interessadas – Colaborar com diferentes atores para alinhar objetivos ambientais, sociais e econômicos.

  6. Medição e aprendizagem contínua – Incorporar estatísticas para avaliar e melhorar continuamente os impactos circulares.

O Desafio será vencido com Escuta e Diálogos Generativos

O desafio da transição para uma economia circular exige mais do que boas intenções; exige inovação criativa e pragmática. Designers, ao abraçarem a responsabilidade de criar soluções com valor agregado e regenerativo, tornam-se protagonistas dessa transformação. Com práticas que integram sustentabilidade, funcionalidade e impacto positivo, o design circular não apenas evita resíduos e poluição, mas também pavimenta o caminho para uma economia que funciona em harmonia com o planeta e com as pessoas.

Escolha a Presença

A escolha está em nossas mãos: perpetuar o ciclo destrutivo atual ou projetar um futuro onde a criatividade e a sustentabilidade coexistem para redefinir nossa forma de viver, consumir e interagir com o mundo.

Presença é o estado de estar totalmente imerso no momento presente, com atenção plena ao que está acontecendo ao nosso redor e dentro de nós. Esse estado permite considerar as possibilidades de um futuro elevado no "agora”.

Para Co-imaginar o futuro desejado, construindo uma visão compartilhada e orientar ações e inspirar mudanças, o design é, sem dúvida, uma chave para essa revolução e ruptura.

Cordialmente,

Angela Camolese

Obrigada por ler,

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